sexta-feira, 22 de abril de 2011

Novela do SBT sobre Ditadura Militar abre polêmica com militares e até suposta Teoria da Conspiração

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Temas como censura e torturas são abordados na novela, com fracas atuações de atores, mas com bons depoimentos ao final da novela de pessoas reais.

Atuações constrangedoras, diálogos inverossímeis e equívocos históricos. Estes são alguns dos ingredientes básicos – mas não exclusivos – de “Amor e Revolução”, novela da vez do SBT, que retrata a repressão a militantes de esquerda durante a ditadura (1964-1985). A crítica tem sido arrasadora e a audiência derrapa. Um fracasso total? Quase.

O mérito da novela é escancarar um tema ainda tabu, como indica um dos ataques mais irados contra o folhetim, vindo de militares de pijama congregados na Associação Beneficente dos Militares Inativos e Graduados da Aeronáutica (ABMIGAer), sediada em Belo Horizonte. Indignados, os militares reformados lançaram um abaixo-assinado na internet em que pedem a censura à novela do SBT.

No texto, os militares evocam a Lei da Anistia, ignorando que ela não instituiu nenhum tipo de cerceamento a informações sobre o período. Também destilam teorias conspiratórias ao insinuar um acordo entre Silvio Santos e o governo Dilma Rousseff. Um se livraria da dívida do Panamericano e o outro conquistaria apoio popular para a criação da Comissão da Verdade, cuja finalidade é esclarecer as violações de direitos humanos praticadas durante a ditadura. Que brisa…

O argumento da associação é que a a novela pode colocar o povo contra as Forças Armadas. Difícil avaliar o impacto dela na popularidade da farda, mas é certo que torturadores e assassinos têm razão para desassossego. A brutalidade da ditadura está na telinha.

Mas a realidade, como sempre, supera a ficção – e os clichês também. Ao fim de cada capítulo, a novela apresenta depoimentos em que personagens reais narram os horrores de que foi capaz a ditadura. Embora a fórmula seja copiada de Manoel Carlos, o tema vem com profundidade nunca exibida antes na TV. É o que se salva de “Amor e Revolução”, e o que mais incomoda os saudosos da linha dura.  A novela põe na sala da galera um assunto que defensores do regime militar se esforçam para que repousem no esquecimento, tentando reeditar o expediente mais perverso e longevo dos anos de chumbo: a censura.

Ainda que tocada num ritmo de dramalhão mexicano supertrash e a avacalhar a luta armada, “Amor e Revolução” nos ajuda a encarar o passado. E iniciativas como a da ABMIGAer, no máximo, trazem mais atenção à trama, talvez a indicar que o vento sopra a favor da elucidação dos crimes nas masmorras da ditadura. Resta torcer para que a discussão sobreviva à novela.

Fonte: Michel Blanco – Portal Yahoo.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Táxi é mais vantajoso do que carro próprio

 

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Táxi ou carro? Motorista precisa colocar despesa no papel para avaliar o que vale mais a pena (Foto: Paulo Pinto/AE)

“O que deve-se fazer é colocar todos os gastos com carro e com táxi na ponta do lápis”, afirma Mauro Calil, educador financeiro. Luís Carlos Ewald, professor da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGVRJ) e especialista em orçamento familiar, lembra, porém, que há uma série de benefícios em não ter carro que não podem ser mensurados. “O motorista não perderá mais tempo procurando vaga para estacionar, por exemplo”, pontua Ewald. “Não tomará mais multas e poderá falar ao celular enquanto está no engarrafamento”, completa.

Para fazer a comparaçã dos custos palpáveis e descobrir qual das duas opções sai mais em conta, porém, o motorista deve listar todas as despesas com um veículo próprio, como a prestação do financiamento, estacionamento, combustível, licenciamento, seguro e IPVA. Depois disso, todos os gastos devem ser somados.

O resultado passa a valer pela quantidade de anos do financiamento. Quando o empréstimo for quitado, o cálculo precisa ser refeito, subtraindo o valor da prestação. Na outra ponta, Mauro Calil recomenda que o motorista utilize um táxi “religiosamente durante uma semana” como parte da rotina. O intuito é descobrir exatamente de quanto será o gasto. O valor total deve ser multiplicado por 52 (quantidade de semanas no ano) e, em seguida, comparado com a opção de compra de um veículo.

CUSTO - Em São Paulo, o custo do táxi é um dos mais altos (se não o mais alto). Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a bandeirada comum custa R$ 4,10, depois, por cada quilômetro rodado, o preço é de R$ 2,50. Uma hora parado no trânsito custa R$ 33. “Em distâncias curtas, o táxi vira vantagem em 90% dos casos. Se você optar pelo táxi, é possível negociar um desconto com o taxista”, garante Calil.

A constatação de que o táxi é mais vantajoso do que o carro próprio também consta em diversos livros de finanças pessoais. O que contém uma das explicações mais interessantes e completas está no livro O guia prático de finanças pessoais, escrito por Robert Zentgraf, professor de finanças da Ibmec do Rio de Janeiro.

terça-feira, 5 de abril de 2011

COMÉRCIO ELETRÔNICO - A GUERRA FISCAL ENTRE OS ESTADOS

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Com a evolução da tecnologia e as facilidades do mundo virtual, a maioria dos consumidores estão adotando a prática de adquirir mercadorias e serviços por meio da internet.

Devido a facilidade, conforto e preços baixos, as empresas que trabalham com comércio eletrônico estão ganhando cada vez mais consumidores que não têm tempo para ir até a loja física e escolher o produto. A facilidade de pesquisa de um mesmo produto de várias marcas, no conforto de seu lar acaba sendo cômodo e o leque de oferta é muito superior ao que é oferecido na loja física.

De olho nessa mudança de comportamento dos consumidores, alguns Estados oferecem incentivos fiscais para as empresas de comércio eletrônico que instalarem centros de distribuição em seu território, gerando assim, uma disputa entre as unidades da federação e acirrando a guerra fiscal.

Se o consumidor adquirisse essa mercadoria em uma loja física, o imposto seria destinado ao Estado que abriga essa loja. Na venda de produtos pela internet, o centro de distribuição recolhe o imposto para o Estado onde está estabelecido, e o Estado destinatário não recebe nenhum valor, o que acarreta a diminuição da arrecadação no destinatário.

Estados situados no Nordeste como Piauí, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia, entre outros, pretendem um acordo no Conselho Fazendário (CONFAZ) para celebrar um Protocolo que distribuiria de forma justa o imposto devido nas vendas por meio da internet, quando o remetente e o destinatário estivessem em Estados distintos, porém, alguns Estados do Sudeste não concordam com esta proposta.

Até que se defina uma proposta justa para a distribuição do imposto entre os Estados que abrigam as empresas de comércio eletrônico e os Estados onde estão situados os consumidores, os Estados criarão medidas para não perder arrecadação de impostos.

Fonte: Editorial Cenofisco