Finalmente o ECF ficará como a NF-e. Totalmente informatizado e conectado ao Fisco.
Se há,
hoje, um governo que está automatizado, creio que o brasileiro é o mais
preparado. Atualmente, grande parte do cotidiano de um contribuinte é realizado
por meio eletrônico, seja o imposto de renda, que é transmitido diretamente ao
governo pela Internet, seja a venda de um item durável. Porém, a venda no
varejo ainda enfrentava alguns obstáculos, devido às versões anteriores do
Emissor de Cupom Fiscal (ECF) e do uso da Nota Fiscal Eletrônica (NFe) para
este fim.
Digo que enfrentava, pois o anúncio do Convênio ICMS 21/12 de 30
de março de 2012 - que atualizou o Convênio 09/09 - muda este cenário
completamente, uma vez que o ECF deve passar a enviar, por si, os dados do
movimento diário ao Fisco, sendo uma espécie de "concentrador offline de
NFe". Ou seja, o ECF passa a ter a capacidade de enviar estes dados por
rede de telefonia celular ou Internet, desde que conectada. Outra opção é o
próprio Fisco realizar a conexão com o ECF do lojista, acionando-o para efetuar
a transmissão.
Em outras palavras, com este novo Convênio, o governo conseguiu
equacionar as deficiências tanto da NFe quanto do ECF: o altíssimo volume de
transações no varejo que demandava grande capacidade de comunicação e de
processamento, conjugada à dependência da Internet estar disponível e, no caso
do emissor de cupom fiscal, os problemas com a dificuldade de envio dos dados
ao Fisco, dependendo de o contribuinte ou contador realizar esta operação.
Não seria de admirar que o Fisco de todos os estados da União logo
esteja proporcionando a atualização de todo o parque de ECFs, como foi feito
com a NFe e o Sped. A adoção nacional do ECF de acordo com o novo Convênio irá
complementar o movimento nacional de informatização do comércio. O melhor de
tudo é que os sistemas comerciais do varejo - PAF-ECF - não precisarão ser
alterados, pois a comunicação acontece de forma segura entre o Fisco e o ECF.
Em outras palavras, o Brasil seguirá na vanguarda com relação ao controle das
transações no varejo, conferindo - acima de tudo- ainda mais agilidade e
segurança para o setor.
Fonte: Diário do Comércio e Indústria